Suspeito de manter companheira em cárcere privado por cinco anos se entrega à polícia em Rio Branco do Sul

Suspeito de manter companheira em cárcere privado por cinco anos se entrega à polícia em Rio Branco do Sul

Jean Machado Ribas, de 23 anos, foi preso nesta quarta-feira (16) após se apresentar voluntariamente à Polícia Civil em Rio Branco do Sul. Ele é investigado por manter sua companheira em cárcere privado por um período de cinco anos. A prisão ocorre após 29 dias de buscas, desde que o caso veio à tona em março deste ano.

A vítima foi resgatada no dia 14 de março, na cidade de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, onde vivia em situação de isolamento ao lado do filho de quatro anos. A mulher conseguiu pedir ajuda por meio de um e-mail enviado à Casa da Mulher Brasileira, o que possibilitou a atuação imediata da Polícia Militar do Paraná (PM-PR).

Jean responde por diversos crimes, incluindo cárcere privado, ameaça, violência psicológica e descumprimento de medida protetiva. A defesa do investigado nega as acusações e alega que ele não foi devidamente intimado sobre a medida judicial que o impedia de se aproximar da vítima.

Na véspera da prisão, o advogado de Jean comunicou à polícia que seu cliente se entregaria por questões de segurança. A entrega ocorreu no próprio escritório do defensor, de onde o suspeito foi conduzido por uma viatura descaracterizada até a delegacia, por volta das 14h30. Ele permanece detido e aguarda audiência de custódia.

O caso já havia registrado um episódio anterior de prisão. No mesmo dia do resgate da vítima, Jean foi preso em flagrante, mas acabou sendo liberado dois dias depois, após decisão da Justiça durante audiência de custódia. Na ocasião, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) opinou contra a prisão preventiva, sob a justificativa de que o investigado não possuía antecedentes relevantes e que a medida protetiva em vigor garantiria a segurança da vítima.

Entretanto, no dia seguinte, o MP-PR reviu sua posição e solicitou a prisão preventiva de Jean, destacando a gravidade dos fatos, a periculosidade do investigado e a urgência de proteger a integridade física e psicológica da mulher e de seus familiares.

As investigações seguem em andamento. A Delegacia da Mulher acompanha o caso, reforçando a importância de que denúncias de violência doméstica sejam feitas o quanto antes. O Disque 180 permanece como canal direto e sigiloso para vítimas ou testemunhas de crimes dessa natureza.

Imagem: Banda B, G1