Polícia Civil desmantela facção criminosa suspeita de homicídios em série na Grande Curitiba
Operação policial movimenta Almirante Tamandaré, Colombo e outros municípios da região metropolitana
Uma força-tarefa da Polícia Civil do Paraná (PCPR) foi às ruas na manhã desta quinta-feira (10) para cumprir 14 mandados judiciais contra integrantes de uma facção criminosa que teria atuado com extrema violência em Curitiba e cidades da região metropolitana. O grupo é investigado por diversos homicídios, sequestros e agressões, além do uso de fardamentos falsos para simular ações policiais durante os crimes.
A operação, resultado de uma investigação que durou dois anos, envolveu 80 policiais civis, helicóptero da corporação e cães farejadores. Alvos foram localizados em bairros de Curitiba, além das cidades de Almirante Tamandaré e Colombo.
De acordo com a PCPR, a quadrilha é responsável por uma série de assassinatos cometidos entre 2022 e 2025, especialmente na região do bairro Abranches, na capital. Os criminosos agiam com frieza: utilizavam roupas semelhantes às da polícia, balaclavas e armamento pesado. Algumas vítimas foram sequestradas, torturadas e executadas em público, gerando medo nas comunidades.
Entre os crimes atribuídos ao grupo está um duplo homicídio ocorrido em um lava-car, na Rodovia dos Minérios, em janeiro de 2022. Em outra ocorrência, em maio de 2023, um homem foi perseguido e morto com mais de 40 disparos. Em outubro de 2024, uma nova execução chocou moradores: uma vítima foi assassinada com múltiplos tiros enquanto descansava em frente a um supermercado. O crime mais recente ocorreu em março deste ano, quando um pedestre foi surpreendido e morto por um atirador que fugiu rapidamente.
Segundo a delegada Magda Marina Hofstaetter, a operação visa desarticular completamente a estrutura do grupo. “Nosso objetivo é impedir novos crimes, proteger as famílias e devolver a tranquilidade aos moradores das áreas afetadas”, destacou.
A Polícia Civil continua com as diligências para localizar possíveis comparsas e ampliar o cerco contra a organização. A investigação segue