O monitor global IPC confirmou que mais de 514 mil pessoas, quase um quarto da população da Faixa de Gaza, enfrentam fome aguda, marcando a primeira vez que essa situação é registrada na região. A previsão indica que o número pode chegar a 641 mil até setembro, se a ajuda humanitária continuar bloqueada.
A crise afeta gravemente as crianças: em julho, mais de 12 mil foram diagnosticadas com desnutrição aguda, um recorde mensal. A UNICEF alerta que até 43 mil crianças e 55 mil mulheres grávidas ou lactantes correm risco grave de inanição até 2026, sofrendo de fraqueza extrema e maior vulnerabilidade a doenças.
Desde março, o bloqueio da entrada de suprimentos básicos e o fechamento de cozinhas comunitárias agravaram a situação. Mercados praticam preços elevados e padarias estão fechadas, obrigando a população a depender de doações mínimas ou alternativas improvisadas para alimentação.
A OMS estima que cerca de 470 mil pessoas vivem em fome catastrófica ou risco imediato de morte. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o cenário como um desastre provocado pelo homem, causado pelo bloqueio prolongado e pela ausência de cessar-fogo. Organizações como FAO, UNICEF, OMS e Programa Mundial de Alimentos pedem acesso irrestrito à ajuda humanitária e o fim imediato da violência.
A diretora-executiva da UNICEF, Catherine Russell, destacou que a fome é evitável e que a falta de ação diária resulta em mortes desnecessárias.
Fonte: Folha do Valle
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