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A E. F. Norte do Paraná foi aberta ao tráfego em 1909, com a intenção de seguir para o norte e ramificando-se para Jaguariaíva e para o Estado de São Paulo. No ano seguinte foi comprada pela Brazil Railways e, mais tarde, passou ao Governo do Estado, que o juntou à Rede de Viação Paraná-Santa Catarina em 1942. Ramal curto que parte da estação de Curitiba, com apenas 42 km, não teria futuro se, nos anos 1940, não tivesse sido construída na sua extremidade uma fábrica de cimento, que hoje pertence ao Grupo Votorantim. O ramal, que teve trens de passageiros até 12 de janeiro de 1991, já funcionando como trens de subúrbio, segue funcionando com trens cargueiros que transportam cimento cruzando toda a zona nordeste de Curitiba até hoje.
Contribuição: Maurício José Antoniacomi.
A estação de Rio Branco do Sul foi inaugurada em 1909. Era ela a estação terminal da então E. F. Norte do Paraná, que deveria chegar a São Paulo, unindo-se à Sorocabana. Tal fato nunca aconteceu. No início, a linha era chamada de “trem das galinhas” ou “trem da Rocinha”, provavelmente por passar por zonas rurais. Essa ferrovia tinha como planos no início do século XX prosseguir até imediações do distrito de Assungui, em Cerro Azul.
No projeto do Engº Teixeira Soares, a mesma iria se bifurcar uma hasta subiria os contrafortes do Vale do Ribeira até atingir a cidade de Castro, onde se uniria se unir com a EFSPRG, abreviando assim o caminho dos trens que partindo de Curitiba tinham destino a cidade de São Paulo, não havendo mais necessidade dos trens se deslocarem até Ponta Grossa pela linha da Restinga Seca e Porto Amazonas até atingir Ponta Grossa. Outra haste seguiria o Rio Ribeira do Iguape até atingir a cidade de Juquiá, onde já estava em curso a construção da ferrovia entre Santos e Juquiá unindo assim os dois portos, Paranaguá e Santos, também por via Férrea, mas a politicagem e o estouro da 1ª Grande Guerra Mundial naufragou os planos, haja visto que na época essa ferrovia estava concessionada ao Governo do Estado do Paraná.
Por um curto espaço de tempo, nos anos 1940 (até 1944), chamou-se, a estação e a cidade, de Votuverava, passando depois a se chamar Rio Branco do Sul. Com a chegada da fábrica de cimento Portland Rio Branco (hoje da Votorantim) em 1953, o agora ramal de Rio Branco do Sul, da RVPSC, ganhou nova vida. O prédio original era de madeira ; nos últimos anos foi substituído por um bem menor, que hoje abriga a Junta Militar. Ainda nos anos 1970, a velha estação de madeira estava lá. Com a supressão dos trens de passageiros, em janeiro de 1991, os trilhos foram retirados, passando a correr de Itaperuçu diretamente para o pátio da Cimentos Votoran, onde os trens carregam hoje.
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; José Roberto Vieira; Paulo Stradiotto; ABPF-Paraná; Acervo Arthur Wischral; O Comercio, 1/3/1909; Correio Ferroviário; RVPSC: Relatórios anuais, 1920-60; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; IBGE, 1960)
Contribuição: Maurício José Antoniacomi.
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