“Alô freguesia, é o carro do sonho que está passando”. Imagino que você já tenha ouvido essa frase em Curitiba. Talvez ache graça e corra para comprar um sonho, mas tem gente em Curitiba que não gosta e reclama com a prefeitura sobre a barulheira causada por este tipo de venda. A denúncia por perturbação sonora é a mais comum entre os curitibanos quando se faz uma reclamação pelo 190 da Polícia Militar. Por conta disso, tem até dono do “carro do barulho” sendo advertido. E você, é do time que se incomoda com esse barulho ou não? Vote na enquete logo abaixo na matéria!
Uma reclamação que resultou em advertência ao responsável pelo carro do sonho partiu do advogado Carlos Lacerda. Morador do Pilarzinho, Carlos reclamou do barulho que o atrapalha profissionalmente quando precisa trabalhar de casa. Segundo o advogado, diariamente passa o carro do sonho na rua em que reside e sempre no período da tarde.
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“É um alarde, fora que tem o carro do ovo, do óleo de cozinha, da almofada, digo que é uma agressão que a gente sofre diariamente. Eu faço audiências virtuais e preciso conversar com o juiz. Já fui questionado do barulho e isso atrapalha. Eu perdi uma ação por causa desse som maldito. Tem pessoas doentes, idosas e recém-nascidos que sofrem com isso”, reclamou Carlos para a Tribuna do Paraná. Aliás, você conhece o dono da voz do carro do Sonho?
A prefeitura de Curitiba informou em nota que a reclamação do advogado resultou em notificações ao proprietário do carro do sonho. “Equipes de fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente emitiram duas notificações à empresa proprietária do carro do sonho. As notificações foram nos dias 13 de março e 18 de maio deste ano. As notificações foram enviadas via AR (aviso de recebimento) dos Correios para o proprietário da empresa. Caso as reclamações continuem, a empresa pode ser multada”, informou a nota.
Perturbação de sossego lidera
Foto: Freepik
A reclamação de perturbação de sossego não é somente do advogado Carlos Lacerda. Este tipo de reclamação lidera com folga o ranking de chamadas à Central 190 da PM em Curitiba, representando 40% de todos os atendimentos da corporação. Aos finais de semana, os casos de perturbação de sossego saltam para 70%, uma média de seis mil ligações pedindo providências para a corporação.
Para quem sabe conviver com o barulho, parece ser um exagero acionar a Polícia para denunciar. Porém, segundo a Organização Mundial da Saúde, o sofrimento causado pela privação do sono e do descanso acarreta graves prejuízos à saúde física e mental.
Entre os efeitos constatados estão insônia, irritabilidade, instabilidade emocional, sonolência, ansiedade, depressão, fadiga crônica, desconcentração, aumento do nível de cortisol (hormônio do estresse) e do colesterol no sangue, redução da imunidade e distúrbios cardiovasculares. Além da perda da qualidade de vida, a vítima pode apresentar queda na produtividade e ver afetada a sua convivência familiar e social.
Este tipo de propaganda com carros de som é muito comum nos bairros de Curitiba. É carro do ovo, da pamonha, do óleo usado, do sonho, do afiador de facas e muito mais. Pequenos comerciantes afirmam que é uma boa forma de publicidade, no entanto, essa ação é irregular em Curitiba. De acordo com a lei municipal 10.625 de 2002 é proibido fazer qualquer propaganda com o uso de som em logradouros públicos do município.
Movimento Contra a Perturbação do Sossego
O Movimento Contra a Perturbação de Sossego foi lançado oficialmente em Curitiba em 27 de abril de 2022 – Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído (International Noise Awareness Day), instituído em 1996 pelo Centro de Audiência e Comunicação de Nova York (Center for Hearing and Communications). Os participantes do movimento são lideranças comunitárias, entre as quais, membros de Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), empresários, trabalhadores e profissionais liberais.
No mês de março, os voluntários do Movimento vestidos de pijama se reuniram na Praça Garibaldi, no Largo da Ordem, coletaram assinaturas de um abaixo assinado a favor de que a Polícia Militar possa multar quem faz barulho na cidade e não deixa os outros dormirem.
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