Na década de 1970, um acontecimento misterioso tomou conta das ruas de Curitiba, transformando-se em uma das lendas urbanas mais conhecidas da cidade. Tudo começou quando, em 21 de maio de 1975, um taxista pegou uma passageira de cabelos claros na Praça Tiradentes. A mulher, com aparência fantasmagórica, pediu para ser levada até o bairro Abranches. Ao chegar ao destino, o motorista percebeu que, apesar de ter saído com uma passageira, não havia mais ninguém no banco traseiro. O que parecia ser um simples engano se transformou em um enigma que até hoje intriga os curitibanos: onde estava a loira? O caso ganhou destaque na mídia, sendo capa do Tribuna do Paraná na época.
Com o passar dos anos, novas versões e detalhes começaram a surgir, aumentando o mistério. Um dos relatos mais fascinantes diz respeito ao táxi envolvido no incidente: meses depois, o carro teria se envolvido em um acidente fatal. Ainda mais surpreendente foi o assassinato do proprietário do veículo pouco tempo depois da aparição da loira. A história ganhou ares de folclore, com muitos sugerindo uma possível maldição associada ao ocorrido.
A lenda da Loira Fantasma logo se espalhou pela cidade, sendo tema de discussões nas ruas e nos círculos de amigos. A ideia de que a aparição poderia trazer infortúnios fez com que taxistas e até alguns moradores do bairro evitassem falar sobre o caso ou até mesmo assumir caronas com mulheres loiras, por medo de um destino semelhante.
A narrativa da Loira Fantasma permanece viva na cultura local até hoje, sendo revisitada de tempos em tempos, seja em histórias contadas entre amigos, seja por meio de produções culturais. Em 2020, a história foi retratada em uma HQ, que trouxe novas perspectivas sobre o caso e reacendeu o interesse dos curitibanos.
Será apenas uma lenda ou há algo mais por trás dessa história? O mistério segue sem resposta, mas o espírito da Loira Fantasma continua a rondar a memória dos curitibanos, mantendo-se viva no folclore da cidade.
