Câmeras de segurança registraram o momento em que o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco foi abordado e agredido por um casal de ladrões de celulares em Higienópolis, pouco antes de ser encontrado morto no Centro de São Paulo. As imagens mostram Pacheco saindo de um bar na madrugada de terça-feira (31) e aguardando seu carro de aplicativo.
Segundo o 4º Distrito Policial da Consolação, familiares e amigos informaram que o caso é investigado como latrocínio — roubo seguido de morte — confirmado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A investigação aponta que o advogado foi golpeado com um soco, caiu, provavelmente bateu a cabeça e perdeu a consciência. Os criminosos fugiram levando seu celular, relógio e carteira com documentos.
Uma pessoa que passava pelo local socorreu Pacheco, acionou a Polícia Militar e o Samu. Ele foi encaminhado consciente para a Santa Casa, mas não resistiu e faleceu. Devido à ausência dos documentos, ele ficou desaparecido por 36 horas. A polícia ainda apura se a morte ocorreu exclusivamente pela queda ou se houve outra causa, além de ouvir testemunhas para reconstituir a trajetória da vítima na noite do ocorrido.
Inicialmente, houve suspeita de intoxicação por metanol após Pacheco enviar mensagem a amigos relatando que teria consumido a substância, mas essa hipótese foi descartada após análise das imagens.
O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador-geral do grupo Prerrogativas, que Pacheco ajudou a fundar, lamentou a morte do colega, destacando seu brilhantismo, ética e generosidade. Carvalho ressaltou a necessidade de rigor nas investigações e repudiou que o episódio seja tratado como mais uma estatística.
Fonte: G1
